Após ser lançada em Milão, a coleção Calunga será desfilada com 30 looks em 13 de dezembro, no primeiro dia da semana de moda sustentável Brasil Eco Fashion Week (BEFW) às 20h, em São Paulo. No evento, também vai realizar uma exposição com 20 peças significativas e lançar uma linha de cosméticos com extrato foliar de algodão orgânico.
Com roupas em alfaiataria, a coleção Calunga também faz parte da celebração de 20 anos da marca com algodão colorido orgânico. “Além do desfile da coleção 2025, a ideia é mostrar a nossa evolução. Iniciamos com moda streetwear atendendo turistas em João Pessoa. Hoje, atuamos no segmento premium para exportação. São 20 looks relevantes — seja pela interferência do artesanato no design e até pelos tecidos inovadores que desenvolvemos com o algodão colorido orgânico”, explica Francisca Vieira, fundadora e CEO da empresa.
Criada em 1995, a empresa passou a usar exclusivamente o algodão colorido orgânico da Paraíba em 2005, posicionando-se como pioneira no segmento sustentável. A empresa é reconhecida como articuladora da cadeia produtiva do algodão orgânico da Paraíba desde o cultivo até o produto final incluindo o desenvolvimento de novos fios e tecidos. “Celebramos 20 anos de uso exclusivo do algodão colorido orgânico no início do próximo ano. O desfile e a exposição reafirmam nosso compromisso com a sustentabilidade e com a moda de DNA brasileiro”, afirmou Francisca.
Desfile tem 30 looks com base no algodão colorido orgânico da Paraíba
Na passarela será apresentada uma coleção inspirada no Maracatu, manifestação cultural de raízes africanas com forte presença no carnaval da Paraíba e de Pernambuco. A coleção também valoriza comunidades tradicionais, como os quilombolas, e os assentamentos rurais que cultivam algodão orgânico em sistema de agricultura familiar por meio de contratos de compra garantida pela empresa. As peças mesclam a alfaiataria clássica com detalhes artesanais. A coleção foi criada por Francisca Vieira, em colaboração com Leo Mendonça e consultoria criativa de Elis Janoville. As fotos foram feitas por Adriano Franco no Quilombo Pedra D’Água, em Ingá, município que hoje é o polo do cultivo e do beneficiamento do algodão orgânico na Paraíba.
Inovações têxteis e intervenção do artesanato no design dos produtos Na última década a empresa desenvolveu malhas e tecidos diferenciados, oferecendo ao mercado soluções para o segmento de moda sustentável. Um destes tecidos é o Denim que tem cor, mas sem tingimento. Por isso mesmo, já com patente pendente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI.
No desfile na semana de moda sustentável BEFW, outra inovação com o Denim será lançada.
Desta vez, desenvolvido com fios de algodão colorido orgânico e resíduos de seda. “Usamos
seda e algodão colorido para a criação de uma sarja de luxo. Este Denim é resultado da junção
desses dois fios: o de seda no urdume e o fio de algodão na trama”, explica Francisca. Na
passarela, será possível notar o brilho em calças e blazers. O Denim com toque acetinado foi
desenvolvido com a seda da Casulo Feliz, que trabalha com casulos rejeitados pela indústria.
A malha, feita em tear circular, é resultado de uma técnica chamada mistura íntima, onde a
seda é misturada com o algodão antes de fazer o fio. A mesma técnica também foi usada para
desenvolver fios de algodão orgânico com linho resultando em tecidos ainda mais valorizados
em peças em alfaiataria. Já o jacquard tem dois tons de algodão colorido. Neste tecido
estampado, desenvolvido pela Ecosimple, o desenho floral faz referência à chita, elemento
tradicional das manifestações populares no Brasil, acrescentando um toque vibrante e cultural
às peças da coleção Calunga.
Há também tecidos desenvolvidos com a seda da Bratac, em destaque a Anafaia, nome que se
dá aos primeiros fios que o bicho da seda produz antes de começar a formação do casulo.
“Trata-se do início da produção de um dos mais nobres fios da indústria da tecelagem”, reforça
Francisca.
Entre os detalhes artesanais a coleção é rica em renda renascença incrustrada diretamente sobre o tecido. Há a renda de bilro e o labirinto, bordado considerado um patrimônio imaterial da Paraíba que reforça a conexão da marca com o município de Ingá, que além de maior produtor de algodão orgânico do estado é importante centro de produção desta técnica manual. A coleção também apresenta macramê e franjas, além de pontas em tessel que trazem movimento às peças. Os destaques artesanais foram patrocinados pela Círculo. As peças do desfile serão complementadas por bolsas da Makano e sapatos da Pacoa.
Lançamento de linha de cosméticos
No estande Projeto Algodão Paraíba será lançada a nova linha de cosméticos da Natural Cotton Color, que inclui xampus, condicionadores, máscara capilar, sabonetes, hidratante corporal e aromatizador de ambientes, todos formulados com extrato foliar de algodão orgânico.
Sobre o algodão colorido orgânico da Paraíba
O algodão já nasce nas cores bege, marrom e verde. Por não ser irrigado nem tingido, economia da cadeia produtiva é de 87,5% de água quando comparada a produtos similares na ndústria da moda, de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
O algodão tem certificação de orgânico internacional e os produtos da Natural Cotton Color têm certificação europeu de rastreabilidade e sustentabilidade Friend of the Earth.
Serviço:
Desfile Coleção Calunga – Natural Cotton Color
Data: 13 de dezembro de 2024 as 20h
Brasil Eco Fashion Week – 13 a 15 dezembro
Centro de Convenções Frei Caneca, 5º andar
A entrada é gratuita com inscrição antecipada
Contato entrevistas: Francisca Vieira – 83 99640-4584 franciscagvieira@hotmail.com
Assessoria de imprensa: sandravasconcelos.press@gmail.com +44 7375 815470
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