A Rider, marca brasileira de calçados, com mais de 30 anos de trajetória, lança sua Tie Dye Collection resgatando as origens setentistas da contracultura e da criação artística manual. Em um manifesto antiperfeição, a coleção busca enaltecer os resultados inesperados oriundos do processo experimental dessa técnica, além de relacionar este conceito com um movimento social mais atual.
O lançamento chega em 3 ondas e, a primeira, vendida exclusivamente no e-commerce da marca, apresenta o mood Lisergia, misturando experiências irreais, com soma de luz, esculturas, projeções e cores vibrantes na trinca de modelos clássicos: a Rider RX, papete com referência fashion e esportiva, a Rider Next, com sua faixa larga em neoprene e tiras removíveis e a icônica Slide.
No mundo distorcido do Tie Dye de Rider, é construído o lugar do imperfeito e imprevisível, onde as relações digitais pós-modernas e experiências surreais se misturam. Uma analogia do comportamento contracultura e antiestético da juventude de hoje, que não se adequa mais à imposição de perfeição estabelecida pelas redes sociais e busca, na mistura de realidades, encontrar novas formas de enxergar novos resultados, assim como a estampa do Tie Dye, que se apresenta única em cada peça.
A Campanha seguiu o mood conceitual da proposta na escolha de seus representantes e, também, na cenografia composta pelas obras de João GG, artista visual famoso por suas brincadeiras de cor e luz, além da estética pós-espacial e psicodélica, que se tornaram plano de fundo para Mateus Carrilho, Tati Lisbon e Bruno Paschoal. Além disso, a campanha contou com styling de Victor Miranda, beleza de Suyane Abreu e Gabriela Schmidt na fotografia.
O cantor Mateus Carrilho reconhece a importância desse novo movimento e conta que o resultado inesperado faz parte de seu processo criativo: “Desde os tempos de Banda Uó, o que a gente sempre quis fazer foi desconstruir e nunca optar pelo óbvio, ou seja, trazer uma linguagem nova”. A música de Mateus é isso: mistura de ritmos que produz novidade. Colocando o brega, originário do Pará, com o funk da favela carioca, o ex-integrante da Banda Uó afirma ter criado uma nova fórmula: a música pop brasileira.
O conceito Tie Dye vem com sentimento de nostalgia, de um movimento que exaltava a liberdade do indivíduo para uma era digital que preza por padrões inalcançáveis. Para ele, a música e a moda bebem do que foi feito anteriormente. “A gente recicla, revisita as coisas que já foram feitas, mas elas sempre vêm com uma cara própria do que está acontecendo agora” diz, sobre a ideia proposta pela Rider. Em seu videoclipe mais recente, Amor Sem Lei, Carrilho inova como sempre, protagonizando com look inteiro Tie Dye em um ambiente faroeste. Sobre a mistura de referências, ele afirma que esse é o objetivo, sempre trazer o novo para surpreender e impactar.
Sensação na internet, a astróloga e dj Papisa, codinome para Tati Lisbon, relaciona seu trabalho e toda sua evolução pessoal com o conceito da campanha. A astrologia, principalmente, se destaca como ciência não exata, que produz resultados inesperados e, pra ela, esse é o charme: ” a exatidão e essa mania de ter certeza sobre os próximos passos é uma maneira de suprir uma insegurança, um medo muito essencial da nossa humanidade.
A astrologia não precisa ser ciência. É uma arte e arte não tem forma definida”. Segundo a astróloga, essa forma definida, que estabelece um padrão, cria caixas mentais que nos impedem de evoluir e a astrologia está aí para ressignificar uma sociedade em crise, por isso o esotérico está tão popular nos tempos atuais: a crise social, política e econômica faz com que as pessoas repensem a importância dessa estrutura segura, cheia de objetividade. Multitalentos, Tati já foi design de interiores, maquiadora e fotógrafa e afirma que misturar atividades resulta sempre em algo inesperado. “Muitas oportunidades surgiram a partir de cada ofício que eu me dediquei, então essa mistura orgânica de realidades leva a você se descobrir como humano que é, cheio de possibilidades.
Já Bruno Paschoal é vocalista, guitarrista e tecladista da banda Terno Rei, além de referência em streetwear com sua marca Surreal São Paulo. Ele relaciona o conceito de Lisergia com seu processo criativo: “Os editoriais da Surreal São Paulo, por exemplo, são criados em um clima muito orgânico, nada é tão planejado. A gente gosta de trazer essa cultura de rua, com sinceridade no conteúdo. Eles são feitos sem roteiro, a gente pega a câmera e começa a produzir de forma natural, misturando as referências de todos os envolvidos”. Sobre envolver novas ideias para criação de projetos, a marca é especialista: promove parcerias com profissionais e marcas de outros nichos para obter um resultado diferenciado. E isso acontece também na banda Terno Rei, que compõe suas músicas em grupo, somando os inputs de todos os integrantes, de uma maneira “old school”, segundo Bruno.
Os três modelos do primeiro lançamento de Tie Dye Collection já estão disponíveis no e-commerce da Rider em grade estendida, atendendo a todxs. A edição é limitida e pode ser encontrada até enquanto durarem os estoques.